terça-feira, 25 de novembro de 2008

Rebeldia em Série


Tendo Elvis Presley como símbolo e marco inicial do Rock and roll, a década de 1960, prometia significantes mudanças no comportamento dos jovens vindos do “baby-boom” (pós-guerra). O blusão de couro, jeans e topete, montados em lambretas, eram a sensação da década, proveniente do cinema, com influencia direta de James Dean e Marlon Brando, em um contexto masculino, e acompanhando esta revolução, as mulheres abandonavam suas saias rodadas e se vestiam com calças cigarretes.
Marcando o fim da moda única imposta pelos costumes, com a geração chamada beat, estes costumes e o consumo desenfreado dos jovens, influenciara movimentos de contracultura, representado por Janis Joplin na música e pacifismo com os hippies.
Em um contexto político, a capital do País, passa do Rio de Janeiro para Brasília, na presidência de Juscelino, com base no slogan “50 anos em 5”, passando a bola para Jânio Quadros, posteriormente por Jango Goulart, aumentando os conflitos sociais, antecedendo o golpe militar em 1964.
No Brasil a afirmação da Bossa Nova, a música como cunho social expostas pela TV Excelsior e TV Record, deram inicio a carreira de grandes ícones da musica brasileira como Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil, Geraldo Vandré, Caetano Veloso e outros, que além de músicas de fundo social, se impunham a censura imposta pelo governo militar.
O som forte da guitarra dos Beathes é o hit da década, com suas letras contestadoras e revolucionárias, e lançando os cabelos compridos, as roupas coloridas e o uso de anéis e outros acessóriso masculinos.
A minissaia ganha espaço, divulgada pelos estilistas Mary Quant na Inglaterra e André Courrèges na França. André Courrèges marcou a revolução na moda, ao mostrar suas roupas de linhas retas, botas brancas e o futurismo, em suas “moon girls” com roupas fluorescentes e metálicas. Ives Saint Laurent também se impunha, criando o vestido tubinho e Emilio Pucci surgia mostrando ao mundo suas estampas psicodélicas. Não esquecendo de Paco Rabanne, que destacou-se por usar o metal e o alumínio como matéria-prima em suas coleções. O tecido sintético ganha espaço no mercado.
E como marco revolucionário na lingerie, a generalização do uso da calcinha junto a meia-calça, na utilização da minissaia e para dançar o rock.
O Jeans e a camiseta reforçam a onda unissex e a mulher pela primeira vez se arrisca a usar roupas essencialmente masculinas na época.
Os jovens não se interessavam mais em alta-costura, dando o surgimento ao prêt-à-porter de luxo. As confecções ganhavam espaço e precisavam de bastante criatividade, sendo enfatizado o fato do “ter estilo”, renomeado o costureiro à estilista.
Os avanços tecnológicos também ganhavam reconhecimento, como avanços na medicina e viajem ao espaço. A arte passa a ter um aspecto mais popular, tendo seu reconhecimento com o impacto causado pela pop arte, representados na década por Andy Warhol e Roy Linchetenstein.
O movimento hippie, pregando a paz e o amor, através do poder da flor/flower power, do negro/black power, do gay/gay power e a liberação do poder feminino/women´s lib. E palavras de poder como: “e que tudo mais vá pro inferno” de Roberto Carlos, ganham força.O movimento estudantil explodiu, contestando a sociedade, seus sistemas de ensino referentes a sensualidade, costumes estética e moral, lutando contra a ditadura militar e contra a reforma educacional, imposta pela mesma.
Portanto a década de 1960, foi fortemente marcada pela vontade de se rebelar, seja pelo modo de se vestir ou se comportar, quanto pelo poder exacerbado do militarismo. A busca da liberdade de expressão e sexual, marcada pela comercialização da pílula anticoncepcional, dando impulso ao feminismo liberal, que lutava por direitos iguais ao dos homens, assim como salários iguais, e poder de decisão, tendo como símbolo a queima de sutiãs em praça pública.
Teve ser término marcado por um grande show de rock conhecido por “woodstock Music & Ar Fair”, em agosto de 1969, reunindo mais de 500 mil pessoas, durante três dias, deliciando-se com “amor, música, sexo e drogas”.



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